Concerto da Orquestra Sinfônica da UFRJ

Atividades Culturais e Espetáculos

No terceiro concerto da centésima temporada, na Sala Cecília Meireles, a Orquestra Sinfônica da UFRJ recebe como convidados a violinista Gabriela Queiroz, professora da Escola de Música da UFRJ e spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira, o barítono Paulo Maria, bacharel em Canto Lírico pela Escola de Música da UFRJ, e o maestro Jésus Figueiredo, ex-aluno e atualmente regente da Associação de Canto Coral e do Theatro Municipal do RJ. O concerto tem por tema “A Viena do jovem Bruckner”. O compositor é o grande homenageado do ano em todo o mundo, pelos duzentos anos de nascimento. A capital do império austríaco sempre foi uma das cidades da Europa de maior atividade musical, para onde convergiram inúmeros compositores. Em 1824, quando Bruckner nasceu, na pequena cidade de Ansfelden, na Áustria, Beethoven e Schubert estavam em seus últimos anos de atividade criativa em Viena. Beethoven, nascido em Bonn, na Alemanha, para lá se mudou em 1792, onde foi aluno de Haydn e Salieri. Os ‘dois Romances para violino’ são as primeiras abordagens do compositor de obras concertantes para instrumentos de cordas. Em andamento lento e de expressão lírica, são em forma rondó com dois episódios, com o violino se destacando sobre a sonoridade de uma orquestra de pequenas dimensões. Schubert, por sua vez, é um legítimo vienense, onde nasceu em 1797. Sua ‘Sinfonia n. 5’ é claramente conectada com a tradição legada pelos clássicos vienenses, na qual a clareza formal se combina com a riqueza melódica e a textura contrapontística. Já a música incidental para ‘Rosamunde’ foi composta por Schubert para a peça teatral da escritora alemã Helmina von Chézy (1783-1856), que fixou residência em Viena em 1823, ano em que estreou. Se a peça teatral foi um fracasso, a música sobreviveu e se tornou uma das obras de Schubert mais conhecidas. A beleza e a serenidade da melodia criada para o Entreato III fez com que o compositor a utilizasse também em outras obras, como no ‘Quarteto de cordas D. 804’ e no ‘Improviso para piano D. 935’. Bruckner se mudou para Viena em 1868, onde Johannes Brahms já residia desde 1863. No ano em que Bruckner chegou, Brahms estreou o ‘Requiem Alemão’, sua maior obra coral. Antes, porém, no período em que residia em Hamburgo, Brahms já havia composto ‘Begränisgesang op. 13’, que, assim como o ‘Requiem’, é uma obra para cerimônias fúnebres. O texto é do teólogo Michael Weisse (1488-1534) e o estilo musical revela conexões com a obra sacra de Bach A peculiaridade da instrumentação é de ter sido realizada apenas com instrumentos de sopro e tímpanos. O programa encerra com a ‘Missa em Dó’, de Bruckner, conhecida como ‘Windhaager Messe’, pois foi composta pelo jovem Bruckner naquela cidade em 1841. Sendo obra para uso litúrgico, o texto do ordinário da missa católica é abreviado e a textura coral é essencialmente homofônica, com eventuais trechos contrapontísticos. Na versão original o coro misto é acompanhado por órgão e duas trompas. A versão apresentada é a do musicólogo Joseph Messner (1893-1969), na qual a parte do órgão foi transcrita para orquestra de cordas e o solo de mezzo no Benedictus destinado ao barítono.

Detalhes do evento:

Dia(s): 25 jul 2024
Horário: 19h00 - 20h15

Local: Sala Cecília Meireles
Largo da Lapa, 47, Rio de Janeiro, RJ, 20021-180, Centro

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Inscrição:

A confirmação da inscrição é de responsabilidade do organizador do evento.

Valor: Preços Populares
Período de inscrição: 25 de julho d 2024
Site: www.musica.ufrj.br
Instituição responsável: Escola de Música da UFRJ
Email do organizador: ciacarnaval@gmail.com
Telefone de contato: 21988659417