Escola de Música
QUARTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2025 – 19:00 – Salão Leopoldo Miguez
CONCERTO III
Programa:
Edino KRIEGER (1928 – 2022) Ritmata para violão (1975) 5’
Fábio Adour, violão
José SIQUEIRA (1907 – 1985) Sonatina para fagote e piano (1978) 12’
I – Allegro ma non troppo
II – Andante calmo
III. Allegretto
Aloysio Fagerlande, fagote
Ana Paula da Matta, piano
Marlos NOBRE (1939 – 2024) Tema e Variações para piano, op. 7 (1961) 6’
Ana Paula da Matta, piano
Minoru MIKI (1930-2011) Marimba Spiritual para marimba solo e trio de percussão (1984) 13’
Wesley Lucas, marimba solo
Grupo de percussão da UFRJ
Pedro Henrique, João Vítor Godoy e Matheus Barros
Pedro Sá, direção
Malcolm ARNOLD (1919-1989) Fantasia op.87 para clarineta solo (1966) 4’
Krzysztof PENDERECKI (1933-2020) Prelude para clarineta solo (1987) 4’
Carlos Leandro Nascimento da Silva, clarineta
Karlheinz STOCKHAUSEN (1928 – 2007) Treffpunkt de “Aus den Sieben Tag” (1968) 10’
Terry RILEY (1935) In C (1964) 15’
Grupo ContempoMúsica
Alexandre Schubert, regência
Entre Tradições e Transgressões: um Percurso pela Música de Câmara da segunda metade do Século XX
A música de câmara na segunda metade século XX. Neoclássica, atonal, aleatória, nacionalista, experimental, radical, todos atributos advindos de uma nova realidade, um grito que não mais se deixa sufocar, um anseio pela desconstrução, em uma humanidade que ainda lambia as feridas de duas guerras, a perplexidade, a busca por uma nova compreensão, por um novo posicionamento diante das questões sociais e filosóficas que então se apresentavam, a ânsia por uma reinvenção estética, vez por outra tragada pelos eflúvios neoclássicos e nacionalistas.
Entre os brasileiros representados no programa, Marlos Nobre e Edino Krieger buscam imprimir a brasilidade característica da geração de José Siqueira, integrando-a às técnicas composicionais características do século XX, como interpolação rítmica e serialismo.
De Malcolm Arnold e Krysztof Penderecki temos duas obras para clarineta solo. A Fantasia de Arnold remonta às fantasias para instrumentos solo da primeira metade do século XVIII. Em Prelúdio para clarineta solo, Penderecki, assim como Arnold, compõe uma obra de cunho improvisatório, representando a face mais neoclássica do programa.
Uma das características marcantes da música no século XX foi a condução da percussão para o centro do palco, o que revelou uma gama de possibilidades antes inexploradas. Marimba Spiritual, de Minoru Miki. A primeira parte é forjada como um réquiem. A segunda traz ritmos japoneses vigorosos em uma atmosfera ritualística, invocando sentimentos de ressureição e transcendência.
Uma das facetas mais marcantes da era aqui abordada foi a problematização da relação entre composição, fruição e performance, que se expressa não somente na aleatoriedade, mas também no convite a uma escuta interiorizada, um encontro do ouvinte consigo mesmo, em Treffpunk, de Karlheinz Stockhausen.
A última obra, In C, de Terry Riley, deu início ao movimento minimalista americano, inspirando Philip Glass e Steve Reich, notórios minimalistas, contrastando com as propostas dos compositores de vanguarda europeus.
Detalhes do evento:
Dia(s): 13 ago 2025
Horário: 19h00 - 20h00
Local: Salão Leopoldo Miguez (Escola de Música/UFRJ)
Rua do Passeio, 98 - Lapa, Rio de Janeiro , RJ, 20021-290
Categorias
Inscrição:
A confirmação da inscrição é de responsabilidade do organizador do evento.
Valor: Entrada Franca
Período de inscrição:
Site: https://musica.ufrj.br/
Instituição responsável: Escola de Música da UFRJ
Email do organizador: artistico@musica.ufrj.br
Telefone de contato:
