Semana de Aniversário da EM/UFRJ 177 anos: Música Eletroacústica

15 ago 2025 | 19h00 – 20h00

Primeiras explorações eletroacústicas

Escola de Música

SEXTA-FEIRA, 15 de AGOSTO de 2025 – 19:00

Salão Leopoldo Miguez

CONCERTO V

 Programa:

 

Vânia DANTAS LEITE (1945 – 2018)                                      Piano Memory (1982) 5’17”

Maria José Di Cavalcanti, piano; Rodrigo Cicchelli Velloso, difusão

 

Reginaldo CARVALHO (1932 – 2013)                                          Caleidoscópio IV (1968) 7’33”

I – Semáforos; II – Cleta; III. Pontuações Luminosas

Cláudio Bezz, difusão

 

Cathy BERBERIAN (1925 – 1983)

Sirens (1958) 1’59”

Orlando Scarpa Neto, difusão

 

Luciano BERIO (1925 – 2003)

Thema (Omaggio a Joyce) (1961) 6’20”

 Orlando Scarpa Neto, difusão

 

György LIGETI (1923 – 2006)

Artikulation (1958) 3’56”

Cláudio Bezz, difusão

 

Pierre BOULEZ (1925 – 2016)

Deux Études (1952) 5’45”

 I – Sur um son; II – Sur um accord de sept sons 

Orlando Scarpa Neto, difusão

  

Else Marie PADE (1924 – 2016)                                  

Symphonie Magnétophonique (1958) 19’27”

Orlando Scarpa Neto, difusão

 

Laboratório de Música e Tecnologia da EM/UFRJ

Coordenação: Rodrigo Cicchelli e Orlando Scarpa Neto

Participação Especial: Cláudio Bezz

 

O Laboratório de Música e Tecnologia (LaMuT), que está completando em 2025 seus trinta anos de fundação, em parceria com a série de Caminhos Modernos 2, apresenta um programa que percorre os 30 primeiros anos da música eletroacústica, com obras que vão da década de 1950 até a década de 1980.

A primeira obra, Piano Memory (1982), de Vânia Dantas Leite, explora a improvisação guiada por uma partitura aberta. A parte eletrônica da obra foi composta de forma improvisada com base em desenhos-partitura do artista plástico Paulo Garcez. A partir da gravação desta improvisação, a compositora propõe uma obra mista onde um pianista deve improvisar junto aos sons pré-gravados e seguindo a mesma partitura-desenho. A obra foi estreada pela própria compositora em 1983, tendo sido executada por diversos outros pianistas nos anos seguintes.

Um dos pioneiros da música eletroacústica no Brasil, Reginaldo Carvalho dialoga com a poesia concreta em sua obra Caleidoscópio IV (1968). A obra surgiu, inicialmente, como trilha sonora para um curta-metragem. O primeiro movimento – Semáforos, foi pensado para a abertura do filme onde a música sincronizava com diversos sinais luminosos em uma estrada de ferro. O segundo movimento, Cleta, usa um poema de Ivan Setta, onde a própria voz do poeta é editada de forma a explorar o ritmo das palavras bicicleta, cleta e concreta. Por último, Pontuações Luminosas tem um caráter pontilhístico inspirado no ritmo de confetes sobrevoando as ruas em época de carnaval.

Em Sirens (1958), temos a mezzo-soprano Cathy Berberian com uma leitura interpretativa de um trecho do capítulo onze (Sereias) da obra Ulisses, de James Joyce. Esta mesma gravação foi utilizada como matéria-prima para Thema (Omaggio a Joyce) (1961), de Luciano Berio. O compositor joga com as implicações rítmicas e semânticas do material, colocando em primeiro plano as características musicais da língua falada.

Artikulation (1958), de György Ligeti, busca criar uma linguagem artificial a partir de sons eletrônicos. Os sons buscam recriar as articulações de perguntas e respostas, entonações graves e agudas, interrupções, mudanças de humor, explosões e sussurros. Formalmente, a peça é, segundo o compositor, parte serial, parte empírica e parte puramente aleatória.

Deux Études (1952), a primeira obra eletroacústica do compositor Pierre Boulez, explora a técnica de organização serial em sons gravados. Composta no Groupe de Recherches de Musique Concrète, centro de pesquisa criado e coordenado por Pierre Schaeffer, os timbres, durações e intensidades dos sons destes dois breves estudos são organizados de forma serial, criando uma ponte interessante entre a música eletrônica alemã e a música concreta francesa.

Em Symphonie Magnétophonique (1958), Else Marie Pade buscou representar a paisagem sonora de um dia completo na cidade de Copenhague, Dinamarca. Sons matinais como sons de ronco, chaleira, despertadores são seguidos de sons de um dia de trabalho e, por fim, a peça encerra com sons noturnos. Como indicado pelo título, a obra nos apresenta uma sinfonia de sons cotidianos capturados em fita magnética.

Detalhes do evento:

Dia(s): 15 ago 2025
Horário: 19h00 - 20h00

Local: Salão Leopoldo Miguez (Escola de Música/UFRJ)
Rua do Passeio, 98 - Lapa, Rio de Janeiro , RJ, 20021-290

Categorias

Inscrição:

A confirmação da inscrição é de responsabilidade do organizador do evento.

Valor: Entrada Franca
Período de inscrição:
Site: https://musica.ufrj.br/
Instituição responsável: Escola de Música da UFRJ
Email do organizador: artistico@musica.ufrj.br
Telefone de contato: