Atividades Culturais e Espetáculos
As comemorações do centenário da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) chegam ao seu ponto culminante em 25 de setembro, data exata da sua primeira apresentação em 1924. O concerto será dividido em duas partes. A primeira terá início com o “Episódio Sinfônico”, de Francisco Braga. A obra, composta em 1898, é uma das mais executadas pela OSUFRJ. Em seguida será apresentado o “Scherzo Sinfônico”, de Raphael Baptista, um dos maestros responsáveis pela reformulação da orquestra em 1969 e nomeado regente titular em 1977. Roberto Duarte, titular da orquestra entre 1978 e 1995, será o regente. A ária “Era um tramonto d’oro”, consta no programa com especial significado por relembrar a gravação da ópera “Colombo”, de Carlos Gomes, realizada em 1997, que conquistou dois importantes prêmios fonográficos, o Sharp e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte. Será apresentada por seus protagonistas em 1997, o barítono Inácio de Nonno, no papel título, e o maestro Ernani Aguiar, titular da orquestra entre 1995 e 2023. Aguiar apresentará, também, “Sugestões de Coral e Dança”, de autoria do ex-aluno e ex-professor da Escola de Música, César Guerra-Peixe. A primeira parte finalizará com a estreia mundial do poema sinfônico “O Pássaro Mágico”, de autoria de Pedro Lutterbach, uma referência ao centenário da UFRJ, ocorrido em 2020. Na ocasião, foi organizado um concurso de composição vencido por Pedro Lutterbach com “Boitatá”, poema sinfônico de uma trilogia, da qual faz parte “O Pássaro Mágico”. A obra é baseada em lenda indígena na qual um Ticoã se transforma em homem e flerta com uma jovem comprometida com um Tuxaua. Expulso e perseguido pelos guerreiros da tribo, o homem toma a forma do pássaro mágico. A segunda parte terá uma linguagem mais popular começando por uma peça composta para a ocasião, por Everson Moraes, trombonista da OSUFRJ, que executará “Saudades de Pirarpora” em solo de oficleide e, em seguinda, o tango carnavalesco “Ai, Morcego”, de Irineu de Almeida, chorão do início do século XX e que foi o professor de Pixinguinha. De Pixinguinha, outro ex-aluno da Escola de Música, serão executados dois de seus mais conhecidos choros. “Ingênuo”, de 1919, com solo dos professores Cristiano Alves (clarineta) e Júlio Merlino (saxofone). O arranjo, de autoria de Leonardo Bruno, recria o diálogo da clarineta de Abel Ferreira com o saxofone de Pixinguinha, revestindo a conhecida melodia com sonoridades orquestrais e “Um a Zero”, composto em parceria com Benedito Lacerda. Os arranjos foram encomendados e estreados pela Sinfônica da UFRJ para o aniversário da Escola de Música, em 13 de agosto de 1996. O uso de temas de canções populares por compositores brasileiros em arranjos sinfônicos está presente também na abertura do filme “Rio, 40 graus”, de Nelson Pereira dos Santos (1955), para o qual o compositor e arranjador Radamés Gnattali lançou mão do conhecido samba “A voz do morro”, de Zé Ketti. A partitura original se perdeu e o arranjo foi recriado por Leonardo Bruno para um evento em homenagem ao cineasta, promovido pela reitoria da UFRJ na Sala Cecília Meireles, em 2005. O concerto concluirá com a “Dança de Chico Rei e da Rainha N’Ginga” do balé “Maracatu de Chico Rei”, de Francisco Mignone, composta em 1933, quando assumiu o posto de professor de Regência do então Instituto Nacional de Música.
Detalhes do evento:
Dia(s): 25 set 2024
Horário: 19h00 - 20h30
Local: Sala Cecília Meireles
Largo da Lapa, 47, Rio de Janeiro, RJ, 20021-180, Centro
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Inscrição:
A confirmação da inscrição é de responsabilidade do organizador do evento.
Valor: Preços Populares
Período de inscrição: 19 de setembro de 2024
Site: https://funarj.eleventickets.com/#!/apresentacao/9aa7d5cb9d31fd42c7eec9ee46c3976e2d45dfbf
Instituição responsável: Escola de Música da UFRJ
Email do organizador: ciacarnaval@gmail.com
Telefone de contato: 21 988659417