Música de Concerto
O programa da Orquestra Sinfônica da UFRJ reúne um conjunto de obras bem variado, sob a regência dos alunos do curso de bacharelado em Regência Orquestral. A primeira obra é a “Sinfonia n. 19”, de Joseph Haydn. Estudiosos conjecturam que a sinfonia teria sido composta entre 1757 e 1761, provavelmente durante seu período de trabalho como ‘Kapellmeister’ do conde de Morzin. Tal hipótese foi baseada nos elementos estilísticos característicos da abertura italiana, típicos de outras sinfonias do compositor desse período. Na sequência será apresentada a “Gymnopédie n. 1”, do compositor francês Erik Satie. Trata-se da primeira das três peças originalmente compostas para piano em 1888, das quais a primeira e a terceira ganharam orquestrações de Debussy. É uma obra totalmente despojada de material musical complexo, sendo basicamente uma linha melódia de caráter nostálgico tendo por base uma harmonia simples, que se move através de uma estrutura rítmica discreta e repetitiva. A versão apresentada é a da compositora norte-americana Elaine Fine, para harpa e cordas. A peça seguinte é uma obra que tem diferentes versões. Foi composta originalmente em 1915 como uma “Sonatina para piano”, baseada em melodias folclóricas que Bartók coletou na Romênia. Em seus três movimentos a obra inclui cinco melodias distintas, duas incluídas no primeiro e terceiro movimentos, e uma no movimento central. Bartók transcreveu a sonatina para orquestra sinfônica em 1931, dando à obra o título de “Danças da Transsilvânia”. A adaptação para orquestra de cordas foi realizada em 1962 pelo compositor e musicólogo húngaro Gábor Darvas (1911-1985), que manteve o título da versão orquestral.
O programa segue com duas obras de compositores brasileiros contemporâneos, escritas sob encomenda do Sistema Nacional de Orquestras Sociais, projeto desenvolvido em parceria entre a UFRJ e a Funarte. Ambas foram estreadas e gravadas pela Orquestra Sinfônica da UFRJ. A “Brasiliana n. 4” de Alexandre Schubert, professor da Escola de Música da UFRJ, explora diferentes características musicais da região sudeste do Brasil. O primeiro movimento é um Maxixe, uma dança de caráter alegre e sincopado, comum na cidade do Rio de Janeiro no começo do século XX. O segundo movimento é uma Cantiga, com um andamento lento e início introspectivo, que retorna após a segunda parte adornado com linhas em contraponto. Uma Toada dos Navegantes ocupa o terceiro movimento, sendo uma homenagem aos pescadores caiçaras, que com seus barcos colorem a paisagem litorânea da região sudeste. A obra finaliza com uma Bossa, de caráter alegre e descontraído, na qual o uso da síncope caracteriza o gingado da música brasileira.
A última obra tem por título Três pequenas variações sobre o tema “A maré encheu”. Foi composta por Clarice Assad como uma reminiscência do tempo de infância, quando ouvia sua avó cantando o conhecido tema folclórico. A primeira variação, chamada Cigana, tem tratamento modal, que, segundo a compositora, dá um aspecto exótico ao tema. A segunda é uma canção, na qual a melodia é acompanhada pelo ‘pizzicato’ de violoncelos e contrabaixos. A obra finaliza com a terceira variação, que apresenta grande variedade dinâmica e explora o ritmo do maracatu.
A regência será dos alunos do curso de Bacharelado em Regência Orquestral da UFRJ: Carlos Mendes, Gabriel Galdino, Patrícia Espinoza, Tiê de Kühl e Franquimar Fernandes.
Detalhes do evento:
Dia(s): 29 out 2025
Horário: 19h00 - 20h30
Local: Salão Leopoldo Miguez (Escola de Música/UFRJ)
Rua do Passeio, 98 - Lapa, Rio de Janeiro , RJ, 20021-290
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Inscrição:
A confirmação da inscrição é de responsabilidade do organizador do evento.
Valor: Gratuito
Período de inscrição: gratuito
Site: https://www.instagram.com/orquestra_ufrj/
Instituição responsável: Escola de Música da UFRJ
Email do organizador: ciacarnaval@gmail.com
Telefone de contato: 21988659417
