Escola de Música
SEGUNDA-FEIRA, 11 DE AGOSTO DE 2025 – 19:00 – Salão Leopoldo Miguez
CONCERTO I
Cordas da Orquestra Sinfônica da UFRJ
Eduardo Monteiro, flauta
Thiago Tavares, clarone
André Cardoso, regente
Programa:
Arvo PÄRT (1935) Fratres (1977 / 1991) 8′
John CORIGLIANO (1938) Voyage para flauta e cordas (1983) 8′
Eduardo Monteiro, flauta
Henryk GÓRECKI (1933-2010) Três peças em estilo antigo (1963) 10′
Einojuhani RAUTAVAARA (1928-2016) Pelimannit (1972) 9′
I – Närböläisten Braa Speli
II – Kopsin Jonas
III. Klockar Samuel Dikström
IV – Pirun Polska
V – Hypyt
Geraldine GREEN (1967) Concerto para clarone (1992) 25′
Thiago Tavares, clarone
O compositor Arvo Pärt trilhou uma trajetória singular. Entre 1955 e 1958, fase inicial de sua carreira, adotou o neoclassicismo como linguagem. No início da década de 1960 abordou o serialismo e pouco depois caminhou para o pós-modernismo ao conciliar elementos tonais com os atonais, com clusters, procedimentos de colagem aplicados em formas barrocas. Após um “silêncio criativo” Arvo Pärt adotou a técnica composicional que chamou de Tintinnabuli, termo que deriva do vocábulo tintinnabulum, que significa “pequeno sino tintilante”, sendo Fratres uma das primeiras. O universo harmônico de Pärt é modal, diatônico, apoiado por longa nota pedal em uma simplicidade textural com uso frequente de uma escritura simples, muitas vezes nota contra nota, características derivadas do estudo da música gótica e renascentista franco-flamenga. Caminho similar foi trilhado por Henryk Górecki, compositor da segunda geração da chamada Escola Polonesa, cujos integrantes adotaram não só as novidades da chamada vanguarda do pós-guerra como incorporaram às suas ferramentas composicionais as conquistas da tradição, enquadrando-se aí nos conceitos de pós-modernidade. De início abertamente adepto da vanguarda, ao produzir obras que se enquadram no pós-serialismo e no sonorismo então em voga, Górecki mudou radicalmente seu estilo composicional exatamente com as Três peças em estilo antigo. Nelas podemos identificar um idioma modal com sonoridades arcaicas baseadas na música medieval e renascentista polonesa, assim como em canções e danças populares de seu país. Voyage, de John Corigliano, é originalmente uma obra coral composta em 1971 com texto da tradução inglesa para “L’invitation au voyage”, do poeta simbolista francês Charles Baudelaire. Em 1978 o compositor reelaborou a peça para flauta solo e orquestra de cordas. O poema que deu origem à obra é uma meditação sobre o amor repleta de imagens sensuais, expressas na música de Corigliano pelas harmonias instáveis, na fronteira entre a tonalidade e a atonalidade. A compositora e clarinetista irlandesa Geraldine Green criou seu Concerto para clarone em 1991. O caráter da peça neoclássica foi definido pela compositora como “geralmente jovial, com melodias deliciosas e um caráter brincalhão e travesso. O movimento do meio é um tanto mais austero, revelando o lado mais sombrio e sério do clarinete baixo”. Já Pelimannit do finlandês Einojuhani Rautavaara é uma obra na qual o compositor fez uma homenagem à música folclórica e aos músicos de seu país, especialmente os violinistas populares. Cada um dos cinco movimentos é baseado em uma melodia de Samuel Rinda-Nikkola, um músico popular finlandês do início do século XIX. A obra neoclássica combina os elementos folclóricos com fragmentos de obras de Bach e harmonias modais temperadas por cromatismo e clusters dissonantes.
Detalhes do evento:
Dia(s): 11 ago 2025
Horário: 19h00 - 20h00
Local: Salão Leopoldo Miguez (Escola de Música/UFRJ)
Rua do Passeio, 98 - Lapa, Rio de Janeiro, RJ, 20021-290, Centro
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Inscrição:
A confirmação da inscrição é de responsabilidade do organizador do evento.
Valor: Entrada Franca
Período de inscrição:
Site: https://musica.ufrj.br/
Instituição responsável: Escola de Música da UFRJ
Email do organizador: artistico@musica.ufrj.br
Telefone de contato:
