Violência contra as mulheres e a mídia: desafios e oportunidades

De acordo com o mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 4.069 mulheres foram assassinadas no ano de 2018. Isto representa mais de 11 homicídios por dia naquele ano. A maior parte das vítimas são mulheres negras (61%), têm entre 20 e 39 anos (58%) e estudaram até o ensino fundamental (70,7%). A esmagadora maioria das vítimas de feminicídios (88%) foi morta pelo companheiro ou ex-companheiro, dentro de sua própria casa (65,6%).

O mesmo relatório aponta o registro de 263.067 casos de lesão corporal, o que significa uma média de 720 casos diários deste tipo de crime. Em relação aos estupros, foram contabilizados 66.041 registros, um aumento de 4,1% em relação ao ano anterior.

Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019. Disponível em http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf

No que diz respeito ao lugar dos meios de comunicação nesta grave e alarmante questão, é possível questionar: qual o papel da mídia na representação da violência contra mulheres? O recorte étnico-racial é contemplado nesta representação? Qual o impacto das narrativas produzidas pelos meios de comunicação na elaboração, implementação e consolidação de políticas e medidas tomadas pelo poder público?

Na próxima segunda-feira, dia 30, o VI Curso de Extensão Mídia, Violência e Direitos Humanos/Nepp-DH/UFRJ tratará do tema na aula “Violência contra mulheres e a mídia: desafios e oportunidades”, que acontecerá às 17 horas, no Auditório do Nepp-DH, campus universitário da Praia Vermelha, na Urca. O evento é aberto a ouvintes até o limite da capacidade do auditório.

Palestrantes:

Ana Maria Leone de Jesus: assistente social, coordenadora da Unegro-Caxias e comunicadora popular.

Érika Carvalho: assistente social, doutoranda em Saúde Coletiva e coordenadora do Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa (CRMM-CR)/Nepp-UFRJ.

Fabiana Otero Marques: advogada criminalista, professora, mestra em Direito Constitucional pela PUC-Rio, militante dos Direitos Humanos e Direito das Mulheres, especificamente das vítimas de violência doméstica. Coordenadora adjunta do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM-RJ) e membrA da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.

Lilian Barbosa: assistente social, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFRJ, pós-graduanda do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos (PPDH)/Nepp-DH UFRJ e integrante do Coletivo Já Sarau Peri.

Renata Saavedra: jornalista e doutora em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ.

Tatiana Rosa: professora da Rede Municipal de Educação e mestranda do Nepp-DH/UFRJ.

Sobre o curso

O curso tem o objetivo de servir como um espaço de diálogo horizontal entre a Universidade e moradores de favelas e periferias, comunicadores populares, lideranças comunitárias, integrantes de movimentos sociais e profissionais com atuação em favelas e periferias. A proposta é refletir acerca das representações da violência, em seus recortes de classe, étnico-racial e de gênero, e propor alternativas a elas.

O formato das aulas é de mesas temáticas, em que estarão presentes professores, pesquisadores, ativistas e demais especialistas nos temas a serem abordados. As 13 aulas acontecem de 5 de agosto a 11 de novembro, das 17h às 20h, no Auditório do Nepp-DH, localizado no 3º andar do prédio anexo do Nepp-DH, no campus universitário da Praia Vermelha (Avenida Pasteur, 250, fundos, Urca).

Detalhes do evento:

Dia(s): 30 set 2019
Horário: 17h00 - 20h00

Local: NEPP-DH
Avenida Pasteur, 250, Rio de Janeiro, 22290-240

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Inscrição:

A confirmação da inscrição é de responsabilidade do organizador do evento.

Valor: Gratuito
Período de inscrição: 30/09/2019
Site: https://www.facebook.com/events/1140703479457834/
Instituição responsável: Nepp-DH/UFRJ
Email do organizador: mvdh@nepp-dh.ufrj.br
Telefone de contato: (21) 3938-5180