Série Música em Debate

SÉRIE MÚSICA EM DEBATE
O Laboratório de Etnomusicologia, o Programa de Pós-Graduação em Música e a Escola de Música da UFRJ convidam para o próximo evento da série Música em Debate:
Exibição do documentário Roça de Teresa e debate com o coautor Spirito Santo
 
Dia: 14 de julho, quinta-feira, às 18 horas.
Sala: 2111 da Escola de Música, Ed. Ventura, Av. Chile 330, Torre Leste, Centro.
(Atenção: é vedada a entrada no edifício de visitantes trajando bermuda e/ou chinelos).
A Roça de TeresaSinopse:
A ORIGEM DESTE PROJETO FOI A PESQUISA REALIZADA PELO MÚSICO E PESQUISADOR SPIRITO SANTO A PARTIR DA GRAVAÇÃO EM 1973 DE UMA ENTREVISTA COM MARIA TERESA BENTO DA SILVA, EX ESCRAVA NO VALE DO PARAÍBA DO SUL, ENTÃO COM CERCA DE 116 ANOS.

No filme ela narra, de própria e viva voz, fatos ocorridos durante o seu cativeiro em 1874, na Fazenda Santa Teresa, pertencente a João Gomes Ribeiro de Avellar, o Visconde de Paraíba. Maria Teresa Bento da Silva morreu dois ou três anos depois da entrevista. O Jongo trazido por ela e seus parentes para a Corte do Rio antes da Abolição, posteriormente levado para os morros da Serrinha e Congonha, no bairro de Madureira, sobrevive até hoje, espetacularizado, sob o nome de “jongo da Serrinha”.

Conduzido por uma gravação feita em fita K7 onde a entrevistada, conta como atravessou o século sendo a matriarca de uma dinastia jongueira que dançou o “jongo daroça” desde os tempos das senzalas, durante o ciclo do café em Paraíba do Sul até o fim de sua vida de sua vida na Serrinha,, tradicional região de Madureira na zona norte do Rio de Janeiro.

Em seu depoimento Teresa conduz o espectador com suas memórias, contando como era a vida de uma escrava, filha de pai e mãe escravos e nascida dentro de uma fazenda de café. Relata, por fim a maneira como a dança dos escravos era explorada pelos nobres fazendeiros e firma a importância do “Jongo” dentro da cultura brasileira. Esse raríssimo depoimento conduz você por um passeio na história do Brasil colônia nos idos de 1874.

Link para o filme: http://youtu.be/yLlTEGE5KpY.

Spirito Santo (Antonio José do Espírito Santo) é músico, pesquisador e escritor, 68 anos, dedicado a estudos sobre história da cultura negra com ênfase na etnomusicologia desde a década de 1970. Trabalhou como músico e professor em Viena, Áustria, entre 1989 e 1993. Artesão e arte-educador especialista em organologia criou em 1975 o grupo musical e de pesquisa Vissungo. Compositor, diretor musical, realizou a trilha sonora dos filmes Chico Rey, de Walter L. Júnior, Natal da Portela, “Manoel Congo” de Demerval Netto (TVE, 1988) e, mais recentemente da peças teatral “Dona Mulata e Triunfo” de Miguel Pinheiro (Portugal) e do curta metragem “A Roça de Teresa” (2015) entre outros. Escreve para teatro e cinema, sendo autor, entre outros do auto teatral “Auto do Manoel Kongo” (1994), da peça “O Diade Prisciliana” (1997) e dos roteiros cinematográficos “A Roça de Teresa” (curta metragem de 2014) e “O Beco”(longa metragem de 1998). Publicou recentemente o ensaio etnomusicológico “Do Samba ao Funk do Jorjão” com segunda edição no prelo.

Detalhes do evento:

Dia(s): 14 jul 2016
Horário: 18h00 - 19h45

Local: Escola de Música (Ed. Ventura)
Sala 2111 da Escola de Música, Ed. Ventura, Av. Chile 330, Torre Leste, Centro (atenção: é vedada a entrada no edifício de visitantes trajando bermuda e/ou chinelos), Rio de Janeiro, RJ, 20031-170

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Inscrição:

A confirmação da inscrição é de responsabilidade do organizador do evento.

Valor:
Período de inscrição:
Site: http://www.musica.ufrj.br/.
Instituição responsável: UFRJ (Laboratório de Etnomusicologia, Escola de Música).
Email do organizador: jonaslana@gmail.com.
Telefone de contato: (21) 2240-1391.